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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA PROFESSORES

Estas são orientações metodológicas básicas para que os professores do ensino regular possam contribuir para a inclusão efetiva do aluno com deficiência visual.

Nas aulas, dê normas claras de referência, utilizando conceitos espaciais: direita/esquerda, na frente/atrás, em cima/embaixo, etc.
Evite oferecer tudo nas mãos do aluno com cegueira. Encoraje seu aluno a se locomover pela classe, pedindo que ele se dirija até sua a cadeira ou a dos seus colegas.
Não permita que o aluno permaneça durante a aula debruçado sobre a cadeira. Estimule seu aluno a manter uma postura ereta e a cabeça erguida. Evite maus hábitos de postura.
Informe para o aluno com cegueira que ele poderá pedir ajuda quando precisar.
Explique em voz alta tudo que for expor no quadro de giz. Permita que o aluno grave a aula para facilitar o seu estudo.
Quando houver algum empecilho da sua parte para ditar as informações escritas no quadro de giz, solicite a um aluno vidente para sentar junto do aluno com cegueira e à medida que ele for copiando no caderno poderá ditar para o colega que não enxerga. Entretanto, não atribua essa responsabilidade sempre ao mesmo aluno, envolva todos os alunos videntes nessa colaboração.
Proceda com seu aluno cego da mesma maneira que procede com o aluno vidente. Não passe a responsabilidade da família do deficiente para o professor de apoio. Quando sentir necessidade, convide os pais do aluno com cegueira e converse sobre o desempenho e o comportamento do aluno.
Um aluno com cegueira não pode ser comparado a um aluno que enxerga, totalmente. O aluno com cegueira pode necessitar de mais horas para desenvolver uma atividade, e de diferentes explicações por parte do professor para compreensão do conteúdo. Daí a importância de um trabalho integrando professor da classe regular e professor da sala de recursos.
O material didático como livro, apostilas, gráficos, mapas e outros afins, necessitam ser adaptados pelo professor de apoio, para uso do aluno com cegueira. Portanto, para que seu aluno com cegueira participe das atividades em sala junto com os colegas videntes, é necessário que você informe ou disponibilize com antecedência o material para o professor da sala de recursos adaptar, já que esses materiais servem como elementos favorecedores do processo ensino aprendizagem.
Mantenha uma postura de absoluta normalidade e igualdade para com a classe como um todo. Não adote atitudes de super proteção diante do aluno com cegueira, fazendo-lhe concessões que não faria aos seus alunos videntes, tipo eliminar ou facilitar conteúdos ou tarefas. O aluno com cegueira deve ser tratado com a mais absoluta igualdade no que se refere ao conteúdo programático, aos deveres, direitos, disciplina e avaliação.
Não solicite do aluno com cegueira atividades que requeiram o uso da visão para a sua realização, tipo: desenho de gravuras, gráficos e mapas. Atividades desse tipo são realizadas e explicadas pelo professor da sala de recursos, para ele estudar. Portanto, avalie o conteúdo da atividade e não a apresentação figurativa, já que não foi o aluno que fez.
O aluno com cegueira deve permanecer na sala de aula regular para aprendizagem dos conteúdos.
Entregue ao professor de apoio com no mínimo 48 horas de antecedência, a avaliação do aluno para ser transcrita para o Sistema Braille e adaptada. A transcrição e adaptação da avaliação requer tempo. Oportunize o aluno com cegueira fazer sua avaliação junto com os seus colegas, em sala de aula.
Dirija-se ao aluno chamando-o pelo nome. Evite que os alunos videntes chamem o colega portador de cegueira pela deficiência, tipo “cego” ou “ceguinho”.
Proporcione ajuda metodológica ao aluno com cegueira oferecendo-lhe o material com as devidas adaptações para que ele desenvolva as atividades comuns no grupo. Feitas as adequações e adaptações necessárias, o aluno com cegueira não lhe tomará demasiado tempo e você não terá que negligenciar os demais para atender às suas necessidades.
Promova atividades em grupo. Esse procedimento além de ajudar o aluno com cegueira quando ele não dispõe de material impresso em Braille, contribui para a interação com os demais colegas, fazendo- o não se marginalizado ou segregado na sala de aula.

PAIM, Cátia. INTEGRAÇÃO ESCOLAR DO ALUNO COM CEGUEIRA: da intenção à ação. 2002. dissertação de mestrado em educação especial. UEFS/CELAAE-CUBA. Feira de Santana – Bahia